sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Algo assim

« Nunca poderei exprimir o que realmente eu sinto. Mas é só uma maneira de me mentalizar que isto nunca haverá de mudar, nunca. Fazes-me levitar, voar até ao sétimo céu. Parece que mais ninguém existe, parece que estamos sozinhos no meio de tanto, num mundo só nosso, do tamanho do infinito. Parece mentira, como tudo é tão perfeito no meio de tanta imperfeição. E se tudo isto é um sonho eu não quero acordar, quero manter-me tal e qual como estou, tal e qual como vivo, tal e qual como somos.  //  rascunho2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Never say Goodbye .

" Já deixei de pensar mas nunca esqueci. Já me senti mal mas raramente exprimi. Já pensei que tudo foi em vão, mas sei que nada poderei fazer para isso mudar. Já tentei saber as respostas mas a vida mudou-me as perguntas, porém nunca desisti do mundo, da vida, nem de mim. E nunca o hei-de fazer, porque sei que isso não mudará nada, se alguma vez eu estiver mal e isso eu fizer, nunca poderei ter paz. Mas não, nunca hei-de abdicar de cada momento, que passe, mal ou bem, amo cada momento como se fosse o único, ou o último. Amo todas as pessoas que me querem ver feliz, contudo sonho com o dia em que ficarei sozinha, não que goste, porque odeio a solidão, mas quero ver como é, como me sentiria se tal coisa acontecesse, como reagiria. E prefiro sonhar, sei que é durante um tempo definido, do que viver, na vida real, num relógio em que o tempo não chega para tanto. Mas sim, eu sei que de mim não sobraria muito, pois a vida é feita de sorrisos, nunca poderia sorrir se sozinha eu estivesse. Provavelmente... não aguentaria. "

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sumol diz : Mantém-te Original (a)

« Um dia, o mais provável é tornares-te um chato, deixares de sair à noite e começares a levar-te demasiado a sério. Nesse dia, vais começar a vestir cinzento e bege, pedir para baixar o volume da música e deixar a tua guitarra a apanhar pó. Vais tornar-te politicamente correcto, socialmente evoluído, economicamente consciente. Vais achar que tens de ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de usar fato e gravata todos os dias. Nesse dia, vais deixar de beijar em público, as tuas viagens serão mais vezes no sofá e dormirás menos ao relento. É oficial. Vais entrar na idade do chinelo e deixar de ser quem foste até então. Vais deixar de te sentar ao colo dos amigos e vais esquecer-te de como se faz um quantos-queres ou um barco de papel. Vais ficar nervosinho se não trocares de carro de quatro em quatro anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der toalhas para o teu macio e hidratado rosto. Vais tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com tudo e com nada e a não fazer nada porque "vai-se andando" e a vida é mesmo assim. Vais dizer não mais vezes, vais ter mais medo, vais achar que não podes, que não deves, que tens vergonha. Vais ser mais triste.
Nesse dia, o mais provável é que também deixes de beber refrigerantes. »

« Aqui fica uma ideia: Quando esse dia chegar, não lhe fales. »


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pois sim, claro .

« Às vezes, torna-se difícil exprimir aquilo que sentimos em palavras ditas. Às vezes, temos que arranjar dentro de nós uma maneira melhor de nos libertarmos. Fazer da nossa vida uma história contada nem sempre é a melhor solução. Nos momentos de maior tristeza, precisamos de alguém não que nos diga o que fazer mas que nos faça meter os problemas, nem que durante um segundo, para trás das costas. Então, muita gente opta por escrever. E é isso que eu faço, escrevo. Há quem ache uma “seca” ou uma perda de tempo, e talvez seja, mas só assim consigo deixar as angústias de lado por momentos, momentos que passam a correr, mas que acontecem. É a única maneira de termos lá “alguém”, que nos diz exactamente o que queremos “ouvir”. Que nunca nos diz “não” ou “sim” mas que nos faz dar asas à imaginação, desenvolver a nossa própria história, fazendo-nos pensar que só o céu é o limite, fazer da nossa vida aquilo que queremos. Às vezes penso que à mínima modificação que a minha vida pudesse ter tido no passado, iria mudar tudo o resto. E talvez tivesse sido melhor, se não pensasse duas vezes e nos outros, e apenas seguisse o meu próprio instinto, e pensasse somente em mim. Mas não, não foi assim, e agora, talvez me arrependa de muito, mas sei que os arrependimentos não me levarão a lado algum, porque é passado e o passado tem de ficar exactamente onde é suposto: atrás. E além disso, não existe uma única pessoa que não tenha arrependimentos, eu pessoalmente, tenho alguns como amar quem não devia, dizer coisas que não faziam sentido e que não estavam certas, desiludir quem eu mais gostava, mas fui forte e encarreguei-me eu das consequências que isso me trouxe. Errei, chorei e gritei, e por mais voltas que a vida dê eu sei que nunca mais poderei voltar atrás, e que assim seja para sempre, pois visto bem, faz parte da vida de cada um, uns sofrem mais e outros menos, e acredito que isto seja apenas uma preparação para um futuro longínquo, que a todos nos espera. »